Sejam Bem Vindos! Voltem sempre!


Olá, somos os alunos do 5º ano do Colégio Cristo Rei, criamos este Blog com muito carinho para compartilhar informações e principalmente participar dos acontecimentos que afetam a todos nós. Queremos atualidades dentro da sala de aula, tornar a teoria mais próxima da prática; queremos contribuir para tornar as pessoas mais sensíveis à preservação da nossa casa, ou seja, do meio ambiente.

Páginas

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aquecimento Global afetará fortemente a América latina.

O Portal de Notícias da Globo
25/03/10 - 18h06 - Atualizado em 25/03/10 - 18h11

Aquecimento global afetará fortemente a América Latina, diz Banco Mundial
Relatório aponta extinção da floresta amazônica e seca grave.
Em 2020, 77 milhões de pessoas seriam prejudicadas.

O aquecimento global pode provocar a drástica extinção da floresta amazônica e uma escassez de água que afetará 77 milhões de pessoas na América Latina e Caribe em 2020, segundo um relatório do Banco Mundial apresentado nesta quinta-feira (25) em Lima.

O relatório "Desenvolvimento Mundial 2010: Desenvolvimento e Mudança Climática" adverte que os ecossistemas mais importantes estão sendo ameaçados nas nações latino-americanas e caribenhas.

O BIRD destaca que ninguém está imune aos efeitos das variações do clima, mas que os países em desenvolvimento serão mais vulneráveis. Segundo as estimativas, esses países deverão arcar com de 75% a 80% dos custos causados pelos danos provocados pelo fenômeno.

Para os países dessa região, as mudanças climáticas representam "a ameaça de multiplicar as vulnerabilidades, destruindo os progressos conseguidos com tanto esforço e prejudicando fortemente as perspectivas de desenvolvimento".

Diante desse fenômeno, o Bird declarou que o problema das mudanças climáticas deve ser encarado com urgência e que não poderá ser resolvido se os países não cooperarem em escala mundial para melhorar a eficiência energética, desenvolver tecnologias limpas e ampliar os mecanismos que permitam absorver os gases de efeito estufa para proteger o meio ambiente.

A instituição adverte que os países desenvolvidos devem liderar esses esforços e reduzir abruptamente suas próprias emissões em até 80% até 2050, assim como colocar no mercado novas tecnologias e ajudar a financiar a transição dos países em desenvolvimento rumo à energia limpa.

Savana na Amazônia
"O impacto mais desastroso poderá ser a extinção dramática da floresta amazônica e a transformação dessa área em grandes extensões de savana, com graves conseqüências para o clima da região, e talvez do mundo", informa o documento apresentado pelo colombiano Felipe Jaramillo, diretor regional do BM para Equador, Bolívia, Peru e Venezuela.

O relatório prevê também "o desaparecimento dos Andes, o que modificaria a quantidade de água à disposição de diversos países e provocaria falta d'água a pelo menos 77 milhões de pessoas em 2020".

Para o Banco Mundial, isso representa também uma ameaça para a energia hidrelétrica, fonte de eletricidade dominante em muitos países da América do Sul.

"O aquecimento e a maior acidez dos oceanos podem causar a extinção progressiva dos arrecifes do Caribe, que abrigam aproximadamente 65% das espécies de peixes da bacia", afirma o Bird.

Esses corais, completa, oferecem proteção natural frente às tormentas marítimas e são fundamentais para o turismo.

As mudanças climáticas também provocarão danos no Golfo do México, o que tornará essa costa mais "vulnerável a furacões mais fortes e mais freqüentes", completa o estudo.

O órgão multilateral informa que à medida que o planeta esquenta, há mudanças no calendário das chuvas e se multiplicam os episódios extremos, como as secas, inundações e incêndios florestais.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Os alunos do 5º Ano - Colégio Cristo Rei








Pesquisa sobre: Vulcões e Terremotos - Alunos do 4º Ano - Tia Monalisa - Colégio Cristo rei








Trabalho: 1ª Etapa sobre Os Vulcões - 4º Ano - Tia Monalisa - Colégio Cristo Rei









Gente, essa experiência da construção de um vulcão é muito legal!
Forme grupos de acordo com o número de alunos.
Material necessário:
* 1 bandeija de alumínio;
* Massa de modelar;
* 1 copinho de café;
* 2 colheres de café de bicabornato;
* Meio copo de água;
* Meio copo de vinagre;
* 1 colher (de café) de anilina vermelha;
* 1 colher (de café) de detergente;
* 1 jarra

Modo de Fazer:
Faça, com a massa de modelar, o formato de um vulcão na bandeija. Coloque o copinho de café na boca do vulcão. Dentro do copinho, coloque duas colheres (de café) de bicabornato.
Em uma jarra, coloque meio copo de água, meio copo de vinagre, uma colher (de café) de anilina vermelha e uma colher (de café) de detergente. Despeje o liquido dentro do copinho de café.Em seguida questione com seus alunos: A) O que aconteceu? B) O que representa o liquido derramado? C) Outros questionamentos.

1ª Etapa -Trabalhos de Reciclagem - 3º ano - Tia Patrícia - Colégio Cristo Rei




quarta-feira, 10 de março de 2010

Texto informativo – Ciências – 5º ano
Nome: ________________________________ Data: ___/___/____ .

Terremotos no Chile e no Haiti ocorreram por tipo distinto de movimento tectônico.
Abalo de 12 de janeiro é exemplo de deslizamento lateral.
No tremor de sábado, uma placa ‘mergulha’ para debaixo da outra.
Fonte: WWW.g1.com.br/jornalhoje - 01/03/10
O terremoto no Chile e o que atingiu o Haiti em 12 de janeiro são causados por fenômenos geológicos diferentes, embora ambos façam parte do lento e sutil movimento de placas tectônicas, que é constante.
A crosta da Terra é constituída por cerca de uma dúzia de grandes placas tectônicas (ou litosféricas), delimitadas por grandes “falhas”. O movimento da camada mais externa da Terra, mesmo que sejam só poucos centímetros por ano, produz tensões que vão se acumulando em vários pontos.
Os terremotos são efeitos desse processo geológico de acúmulo lento e liberação rápida de tensões entre as placas, quando as rochas atingem o limite de resistência e ocorre uma ruptura. O tamanho da área de ruptura, grande ou pequeno, determina se o evento será um abalo quase imperceptível ou um terremoto. Quanto maior a área de ruptura, maior a violência das vibrações emitidas.
Dependendo das características físicas das placas, do ângulo e da velocidade dos impactos, a trombada pode provocar o mergulho da placa mais densa sob a outra, o enrugamento e elevação das bordas das duas placas ou o deslizamento lateral entre ambas. A falha de San Andreas, na Califórnia, é desse tipo: as placas têm densidades semelhantes que colidem obliquamente.
O terremoto no Chile foi um exemplo de mergulho de uma placa (a de Nazca, no Oceano Pacífico) para debaixo da outra (a Sul-Americana). O terremoto no Haiti foi um deslizamento lateral entre placas (a Caribenha e a Norte-Americana, em uma fronteira conhecida como Zona de Falha Enriquillo-Plantain Garden).
Além disso, no caso do abalo no Chile, apesar de ter magnitude extrema (8,8), seu hipocentro foi no mar, a 35 km de profundidade. O do Haiti, com magnitude 7, foi a 10 km da superfície. Hipocentro é o ponto de ruptura inicial, também chamado de foco do tremor – ou onde início do terremoto “aconteceu mesmo”. Epicentro é a projeção do hipocentro na superfície.


Tsunami
No Chile, os tremores provocaram um tsunami que atingiu a costa do país. O mesmo evento não foi registrado no Haiti. A explicação disso é a magnitude do abalo sísmico. "O terremoto do Chile liberou mais de cem vezes energia do que o terremoto do Haiti."
Ela classifica os efeitos que as ondas de choque provocam em um determinado lugar. É extraída de observação e relatos de vítimas, não de instrumentos. Portanto, está sujeita a subjetividades. Além disso, um tremor de alta magnitude no Japão, com edificações concebidas para resistir a terremotos, atinge pontos na escala Mercalli muito mais baixos do que em um país despreparado para enfrentar o fenômeno.
Terremotos com magnitude igual ou superior aos 7 graus na escala Richter, como o que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro, são mais comuns do que se pensa. De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), 17 tremores de magnitude entre 7 e 7,9 ocorrem todos os anos no mundo. Acima disso, pelo menos um terremoto com magnitude de no mínimo 8 é registrado anualmente. Terremotos entre 6 e 6,9 são mais de 130 por ano.

Conheça um pouco da história do Haiti.

Haiti
Ajuda humanitária: possibilidades e dificuldades
Por Ederson Santos Lima
22/01/2010
Estimativas que vão desde cem mil até duzentas mil vítimas fizeram com que a própria ONU considerasse o terremoto do Haiti como a pior tragédia já enfrentada pela organização em toda a sua história. Colocar o país novamente nos trilhos não será tarefa fácil e muito menos barata. A ONU divulgou que serão necessários 560 milhões de dólares em doações para o trabalho humanitário.
Remédios, comida, água, camas, colchões, roupas, barracas, material para resgate, máquinas para retirar os escombros das construções demolidas, enfim todo tipo de ajuda é necessário. Mas como chegar até a ilha caribenha se a estrutura do único aeroporto foi parcialmente destruída? Se poucas estradas são pavimentadas? Se gangues urbanas ( streets gangs ) voltaram com força após a missão brasileira no país as ter controlado?
O desastre do Haiti tem concentrado, acima das expectativas, esforços de todas as entidades possíveis: governos (dezenas de países), ONGs (como, por exemplo, Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha Internacional, Viva Rio, entre outras), bancos de fomento como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), além de empresas particulares (como a GM) e também pessoas (como os atores Brad Pitt e Angelina Jolie e a modelo Gisele Bündchen) que, isoladamente, têm doado dinheiro de forma voluntária. No caso norte-americano, ocorreu a maior doação via celular da história: em poucas horas, 10 milhões de dólares foram arrecadados pela Cruz Vermelha através de um número especialmente criado para esse fim e para o qual os cidadãos enviavam torpedos com a palavra Haiti.
Mas como organizar todo esse volume de dinheiro? Como distribuir remédios e comida? Como acomodar o interesse dos países e governos que estão se mobilizando na área, como Brasil e EUA.
A primeira pergunta seria facilmente respondida se o Haiti tivesse um governo regularmente estabelecido e em condições de gerenciar os recursos. Mas, infelizmente, essa não é a realidade. A sede do governo foi destruída pelo terremoto e há poucas pessoas capazes desse trabalho no staff governamental local. Além disso, os altíssimos índices de corrupção — que, segundo a Transparência Internacional, fazem com que o Haiti ocupe a 168º posição
em um ranking entre países corruptos — geram certa intranquilidade entre possíveis doadores.
Alguns propõem que o dinheiro arrecadado seja administrado por uma comissão externa a todos os envolvidos na ajuda humanitária, outros defendem a ideia de que os haitianos e a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) gerenciem os recursos e, para outros ainda, Brasil, os EUA e o governo do Haiti devem somar esforços de forma conjunta no controle e gerenciamento dos recursos.
Essa situação, que à primeira vista poderia ser interpretada como de fácil resolução, não é. Um exemplo disso é o caso do aeroporto de Porto Príncipe, ocupado por tropas norte-americanas que passaram a controlar pousos e decolagens. Elas têm sido acusadas por vários países, como Brasil, França e Argentina, de estarem dificultando os pousos com ajuda humanitária desses países e priorizando o desembarque de soldados norte-americanos e a saída de cidadãos estadunidenses. Alguns aviões estão levando até quatro horas para conseguir pousar em solo haitiano. Pelo menos essa questão já foi resolvida parcialmente: os americanos ficaram com o controle interno do aeroporto, inclusive dos radares, e o Brasil com a responsabilidade pela área externa desse local.


O terrível século XX do Haiti

Mesmo tendo se tornado independente da França em 1804 e sido a primeira colônia da América Latina a conquistar a liberdade junto às metrópoles europeias, o Haiti só teve eleições diretas para presidente em 1957, quando o médico sanitarista François Duvalier foi eleito. Querido pelo povo haitiano por sua luta contra a malária, um mal que assolava o país, Duvalier foi apelidado de Papa Doc, ou seja, Papai Médico.

Papa Doc.
AFP Photos
Mas o encanto durou pouco: o “papai médico” logo mostrou sua face de monstro e passou a implantar uma ditadura ferrenha que perseguia, torturava e matava dissidentes e proibia partidos políticos de oposição. Em 1961 se reelegeu à custa de corrupção e fraudes e em 1964 proclamou-se presidente vitalício. Para conseguir tudo isso, montou um verdadeiro batalhão do terror: os tontons-macoutes, que no imaginário popular da ilha é uma forma de bicho-papão. O saldo dessa fase, que durou até 1971, foi de aproximadamente 30 mil mortos, 15 mil desaparecidos e uma enorme dívida externa. Mas quem pensava que o pesadelo chamado Papa Doc tinha terminado enganou-se. Em seu lugar, acabou assumindo seu filho, Baby Doc, que continuou com a mesma política devastadora em todos os sentidos tanto econômica quanto socialmente. Na fase Baby Doc (1971-1986), houve uma fuga de, aproximadamente, meio milhão de haitianos para países vizinhos como Cuba, República Dominicana e também para os EUA.

Papa Doc e Baby Doc.
AFP Photos
Com o fim da tragédia imposta pela família Duvalier, o Haiti passou por um pequeno período turbulento (1986-1990) até que conseguiu eleger democraticamente o padre católico Jean-Bertrand Aristide, que no ano seguinte à eleição (1990) seria deposto por um golpe militar. Aí começava mais um calvário na vida do povo do Haiti. Destituído em 1991, Aristide foi recolocado no poder pelos norte-americanos para que pudesse terminar o mandato para o qual fora legalmente eleito (1990-1996). Seu sucessor foi René Préval cujo mandato terminou em 2001. Ele foi substituído por Aristide, que obtivera a reeleição e voltava ao poder. Em 2004, porém, foi novamente confrontado por oposicionistas e acabou renunciando ao cargo, jogando o Haiti na mais profunda crise econômica e política de sua história que desembocaria na Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) liderada pelo Brasil.
As crises políticas dos anos 90, como o golpe que destituiu Aristide (1991) e sua renúncia em 2004, provocaram um retrocesso violento na já frágil economia haitiana. Em 1991, o golpe fez com que as exportações do país caíssem 40% e a economia recuasse em 30% entre 1992-1994.
Com a chegada da missão humanitário-militar brasileira ao Haiti em 2004, lentamente a economia se recuperava. Com o terremoto, o futuro do Haiti não somente estará nas mãos dos deuses, mas também da ONU, do atual governo haitiano e dos investimentos particulares em indústrias e infraestrutura.

A Minustah e o papel do Brasil

Em 2004, com a renúncia de Jean-Bertrand Aristide, o Haiti novamente brecava seu já lento desenvolvimento e caminhava a passos largos para uma verdadeira anarquia política, econômica e social. Na busca de uma solução para os problemas do país, a ONU criou uma missão especial chamada Minustah — Missão de Paz das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Essa missão especial é liderada pelo exército brasileiro, com um mandato oficial que se prolongaria até 2011. Porém, o terremoto já desenha previsões para a permanência brasileira até 2015, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Até a ocorrência da tragédia natural, a missão brasileira era composta de 1266 militares, com previsão de aumento.
O objetivo da Minustah, que além de brasileiros conta com militares dos mais diferentes países, é manter a ordem e a segurança nas principais cidades do país. De acordo com os relatos militares e as ONGs lá presentes, a missão chefiada pelos brasileiros estava muito perto de atingir uma situação que podia ser denominada de “sob controle”. Um dos principais pontos atacados pelos brasileiros na Minustah foram as gangues urbanas que desestabilizaram o país alguns anos atrás e eram usadas politicamente para atacar adversários políticos. Muitas foram desmembradas e presas. Porém, o terremoto fez com que o maior presídio do país viesse a ruir e calcula-se que, aproximadamente, 4000 presos tenham escapado. Em virtude disso, notícias internacionais já relatam a volta da ação dos comandos e das gangues nos bairros da capital. A Minustah deve receber um grande reforço com a chegada de dez mil soldados norte-americanos, além de novos destacamentos brasileiros para tentar controlar a situação que, com o terremoto, ameaça novamente fugir ao controle das forças da ONU.
Apesar do sucesso da Minustah, seu futuro vai depender dos interesses norte-americanos que buscam aproveitar o momento para uma reaproximação com a América Latina e em especial com o próprio Haiti do qual havia se afastado desde a renúncia de Jean-Bertrand Aristide, em 2004.

Dicas
Assista também ao vídeo O dia em que o Brasil esteve aqui dos diretores Caíto Ortiz e João Dornelas, que registrou o dia em que a seleção pentacampeã do mundo disputou um amistoso com a seleção do Haiti.
Haitianismo: uma maldição na história haitiana?

Quando, no final do século XVIII e início do XIX (1791-1804), a “pérola das Antilhas”, a mais rica colônia francesa, obteve sua independência — liderada por ex-escravos como Toussaint L’Ouverture, Jean-Jacques Dessalines e Alexandre Pétion —, era como se uma luz de esperança houvesse se acendido em solo americano a iluminar milhões de escravos que sofriam nas senzalas e nas plantações de algodão e de açúcar.

Toussaint Louverture (1743-1803)*, Jean-Jacques Dessalines (1760-1806) e Alexandre Pétion** (1770-1818).

* Figura de um grupo de gravuras feitas no pós-revolucionária França.
** Foi um líder revolucionário além de Presidente do Haiti.
Seria o norte para o qual todos aqueles que lutavam contra a opressão das metrópoles europeias deveriam seguir?
A independência de países latino-americanos ocorreria uma após a outra como em um jogo de dominó? Escravos tomariam o poder nas Américas?
Não, não foi isso que ocorreu. Ao contrário, uma revolução de escravos, com ideais que se assemelhavam aos da Revolução Francesa (1789-1799), trouxe um medo gigantesco a todo o continente americano.
As elites brancas e criollas que dominavam todo o continente passaram a ignorar o pequeno vizinho do Caribe, dando início a um calvário de isolamento político e econômico, que foi denominado pelos historiadores de haitianismo. Esse isolamento econômico provocou o enfraquecimento da infraestrutura produtiva do Haiti empobrecendo o país, que também sofria com lutas internas entre as próprias facções políticas haitianas.
Para dar um exemplo do medo que a independência feita por escravos causou em todo o continente americano, o então presidente norte-americano Thomas Jefferson, que era contrário à escravidão, chegou a oferecer ajuda à França para restabelecer o domínio colonial sobre o Haiti.
Os “libertadores da América” Francisco Miranda e Simon Bolívar viraram as costas para a ousadia haitiana. Miranda ficou com medo de que seu apoio ao Haiti pudesse manchar sua boa reputação na Europa e Bolívar — o mais famoso dos libertadores e que recebeu ajuda financeira do general haitiano Alexandre Pétion —, sequer convidou o Haiti para o Congresso do Panamá em 1826, em uma tentativa de implantar a ideia do pan-americanismo.
E no Brasil? Quais as repercussões da independência do Haiti?
Aqui alguns historiadores, como Jacob Gorender, chegam a afirmar que o haitianismo foi o elemento de união entre as elites brasileiras, fundamental no combate a qualquer tentativa nativa ou escrava de liberdade, como é o caso da Cabanagem no Pará (1835-1840) ou da Revolta dos Malês, em Salvador (1835).
Outros chamam a atenção para a influência do haitianismo sobre a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico negreiro por medo de uma revolta escrava, e também sobre a imigração em massa de mão de obra branca europeia para substituir a escrava negra. Além disso, é importante destacar que os recursos que não estavam sendo utilizados na compra de africanos foram desviados, para as primeiras indústrias brasileiras. Portanto, é possível perceber que o movimento negro do Haiti repercutiu profundamente no continente americano, mas trouxe para a população uma pesada carga a ser carregada.
O terremoto de janeiro de 2010, apesar da luta e da dor, pode ser mais uma chance para o sofrido povo haitiano reencontrar seu sonho de liberdade, igualdade e fraternidade.

Bibliografia

CHAVES JR., Elizeu de Oliveira. Um olhar sobre o Haiti. São Paulo: LGE.

DIAS, Cristiano. O vizinho que ninguém quer ter. O Estado de São Paulo, São Paulo, 17 jan. 2010. Internacional, A-19.

DONGUI, Túlio Halperin. História da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.

HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MICHALANY, Douglas. História das Américas. São Paulo: A Grande Enciclopédia da Vida.

TAPAJÓS, Vicente. História da América. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1974.

Mensagem de Boas Vindas!




Olá galera!Somos a turminha do 5º ano do Colégio Cristo Rei. Estamos prontos para informar,conscientizar,debater os acontecimentos que estão mudando a "cara" do planeta. Afinal, qual a nossa contribuição? Nossa proposta é ficar de olho nas principais notícias relacionadas ao meio ambiente. Nosso Projeto inclui: Pesquisas,debates,um Mural de Notícias,onde coletamos informações e reportagens, além de fotografias,fatos que acontecem ao nosso redor que interferem diretamente no meio ambiente. Tambem contamos com o Blog para divulgar e compartilhar informações. Esperamos a participação de todos postando comentários e contribuindo com as reportagens. Obrigado a todos! Sejam bem vindos!
Alunos do 5ºAno.
Colégio Cristo Rei